Foi divulgado (12/04/2024) os últimos preços praticados para compra de tilápia nas principais regiões produtoras.
Podemos ver uma redução no preço pago nas últimas semanas demonstrando tendência de queda nas avaliações pelo índice CEPEA. Ao analisarmos mais profundamente somente o ano de 2024 a tendência de queda não fica restrita somente as últimas duas semanas e sim ao longo do presente ano.
Os custos de produção continuam próximos ao preço pago pelos compradores, o que gera uma baixa margem ao produtor de peixes, deixando ele vulnerável a qualquer mínima variação negativa. Os custos mais significantes na produção de peixes é sem dúvida a alimentação (ração) que atinge 70% ou até mesmo 80% do custo total de produção. E é aí meus queridos leitores que entra o camarão de água doce.
Você sabia que dá para produzir o camarão no mesmo tanque escavado que você produz tilápia? E sabia que o tempo de produção do camarão é o mesmo que o que você utiliza para a tilápia? Se não sabia, vou te adiantar, não somente da, mas permiti que no final você tenha um produto de alto valor agregado. Com a venda do camarão, você pode reinvestir na propriedade ou simplesmente reduzir o custo de produção da tilápia, aumentando sua margem.
Esse sistema de produção, que chamamos de policultivo, com conhecimento pode ser extremamente benéfico, e aí que entra a Camarões Brasil. A pergunta que trago aqui para você leitor e produtor é: “Até quando você irá produzir tilápias como antigamente e ficar dependendo de uma margem pequena e torcendo para que os outros melhorem sua situação?”. As novas tecnologias estão aí para serem utilizadas, e novos mercados são abertos todos os dias.
Falando de mercado, o camarão da malásia é um dos mais produzidos mundialmente. O mercado de camarões no Brasil produz somente 10% do que é produzido na aquicultura nacional, mas responde pelo segundo maior valor de produção dentre as espécies cultivadas. É dizer, produzimos pouco, mas o valor agregado é ALTO e consequentemente a margem de lucro.
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